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Relato de um certo oriente - Ana & Anna
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Milton Hatoum
Milton Hatoum | Enciclopédia Itaú Cultural
Milton Hatoum (Manaus, Amazonas, 1952). Romancista, contista, professor e tradutor. Destaca-se por retratar conflitos pessoais e familiares no contexto geográfico, histórico e sociocultural da Amazônia, inspirando-se em sua vivência como descendente de libaneses e como migrante pelo Brasil. Muda-se para Brasília em 1967 e lá permanece até 1970, quando vai para São Paulo. Diploma-se arquiteto pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP) e, ainda nesta cidade, trabalha como jornalista e professor. No início da década de 1980, viaja para a Europa e estuda literatura comparada na Sorbonne Université. De volta ao Brasil, leciona literatura francesa na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), entre 1984 e 1999. Hatoum cria textos ricos em detalhes, apresentando lugares, pessoas e conjunturas extraídos de seu imaginário enquanto manauara descendente de libaneses. Seu primeiro romance, Relato de um certo oriente (1989), trata de uma volta ao passado: após quase 20 anos de ausência, uma mulher retorna a Manaus, cidade de sua infância, com o objetivo de reencontrar Emilie, a velha matriarca de uma família de imigrantes libaneses, que a criou como sua filha. Inicia-se nesse ponto o relato do acerto de contas da personagem com seu passado. A imagem do imigrante abre caminho para conceitos como identidade, entrelugar e memória. A temática se define pela presença de quem migra, mas não apenas geograficamente – aquele cuja condição primordial é o exílio, fomentado pela voz, presença e olhar do outro. Em 1996, como professor visitante, Hatoum ministra aulas de literatura brasileira na University of California (UCLA), onde também foi escritor residente. Publica, em periódicos do Brasil e da Europa, artigos e ensaios sobre autores brasileiros e latino-americanos. Contribui regularmente com diversos órgãos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e Terra Magazine. Cinzas do Norte (2005), seu terceiro romance, traz a história de dois meninos de Manaus que constroem uma amizade duradoura. Olavo, conhecido como Lavo, é o narrador, um menino órfão criado pelos tios, que cresce à sombra da família do melhor amigo, Raimundo Mattoso, ou simplesmente Mundo. Este desafia o pai, a moral dominante e o regime político – a ditadura militar brasileira (1964-1985). Mundo foge, chega à Europa dos anos 1970, mas não se desenlaça do que o liga à sua cidade natal. Por meio de revelações e versões que se cruzam e se divergem na narrativa, Hatoum traça uma história moral de sua geração. Um dos procedimentos centrais na construção dos romances de Hatoum é a fusão entre o social e o existencial: trata das histórias particulares de certos personagens sem descuidar da observação do contexto social e histórico em que eles vivem. Esse contexto envolve quase sempre o processo de integração dos imigrantes originários do Oriente Médio no Norte do Brasil e as repercussões da ditadura militar brasileira naquela região. A tendência a incluir acontecimentos históricos na ficção decorre do fato de Hatoum ser um escritor de uma minoria (como os libaneses no Brasil), o que o impele a registrar "a voz dos esquecidos: vozes do passado soterradas em um espaço problemático marcado por tentativas de assimilação"1. Estilisticamente, a prosa de Hatoum varia pouco de livro a livro (o que denota a unidade interna de sua obra), sendo construída com base em narradores que optam sempre por um tom informal, fluente e coloquial. Além de "econômico", o estilo de Hatoum é "ao mesmo tempo poético, cheio de figurações e estranhamentos”2. O real e o fantasiado se emaranham na escrita devido à abundância e detalhamento das descrições. Para o autor, "ninguém escreve do nada. As coisas que escrevemos são resultado das nossas experiências. A vivência é importante para a voz do escritor. Não dá para escrever sem a experiência de vida. É por meio dela que os autores encontram sua voz", diz, na mesa da qual participa na Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), em 2016. Mesclando elementos de suas memórias e experiências pessoais com o contexto sociocultural amazônico, Hatoum constrói narrativas complexas, que promovem reflexão sobre relações familiares e seus conflitos, miscigenação e relação entre culturas, colocando em discussão, por consequência, a tolerância ou intolerância ao outro. Notas 1. PENALVA, Gilson; SCHNEIDER, Liane. Identidade e Hibridismo na Amazônia Brasileira: Um Estudo Comparativo de Dois Irmãos e Cinzas do Norte, de Milton Hatoum. Revista Brasileira de Literatura Comparada, n. 21, p.11-50, 2012. Disponível em: http://www.abralic.org.br/downloads/revistas/1415578907.pdf. Acesso em: 12 jul. 2019, p. 28. 2. TOLEDO, Marleine Paula Marcondes e Ferreira de. Milton Hatoum: itinerário para um certo relato. São Paulo: Ateliê Editorial, 2006, p.127.
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